Recursos hídricos sustentáveis em aquíferos brasileiros [Vida Natureza]

  • Trevor Elliot

    Press/Media: Research

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    By Vida Natureza

    In Água

    janeiro 14, 2016

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    Aquifero Guarani: sistema de mananciais é predominantemente brasileiro, mas abrange ainda Argentina, Uruguai e Paraguai

    Unesp e Queen’s University Belfast (QUB) desenvolvem parceria com apoio da Fapesp

    Com atuação em Engenharia Ambiental na Faculdade de Planejamento, Arquitetura e Engenharia Civil (SPACE) da Queen’s University Belfast (QUB), Irlanda do Norte, Reino Unido, o professor Trevor Elliot está em visita ao Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE) da Unesp de Rio Claro.

    Elliot dirige o Laboratório de Traçadores Ambientais (ETL), especializado no uso de traçadores geoquímicos naturais em sistemas hídricos, com o propósito de entender os processos relacionados com a origem e qualidade das águas.

    O professor e Daniel Marcos Bonotto, do IGCE, foram contemplados com o auxílio FAPESP 2014/507432 para desenvolver o projeto “Traçadores Ambientais para o Manejo de Recursos Hídricos” no âmbito do Edital para apoiar a atuação de pesquisadores do Estado de São Paulo em colaboração internacional (SPRINT 2/2014). Isto irá permitir-lhes planejar e coordenar interesses mútuos de pesquisa no âmbito de um Memorando conjunto de acordo FAPESP-QUB.

    Duas linhas de pesquisa estão previstas:

    Direção de Investigação I: Traçadores ambientais aplicados a estudos hidrodinâmicos e de reaeração no Rio Corumbataí, como um interesse de pesquisa de importância local e regional para o Estado de São Paulo (SP).

    Dr. Elliot tem experiência na utilização principalmente de gases nobres (por exemplo, Kr, Xe) como traçadores gasosos aplicados aos rios. Estes gases ocorrem em pequena quantidade na atmosfera e são apenas moderadamente solúveis em água. No entanto, a sua concentração na água pode ser aumentada de um milhão de vezes por seu borbulhamento no corpo hídrico para fins de rastreamento.

    Esses gases são traçadores ambientalmente amigáveis uma vez que não exibem restrições estéticas (sabor, odor, etc.) e, por serem nobres (isto é, quimicamente inertes e não reativos no ambiente), sua mudança de concentração a jusante do ponto de liberação ocorre devido à diluição/dispersão física (hidrodinâmica) e perda (transferência de massa) através da interface ar-água.

    Esta última característica permite a avaliação da capacidade de renovação do corpo d’água (isto é, a rapidez com que o oxigênio da atmosfera pode realizar a transferência de massa através da superfície da água caso o oxigênio dissolvido seja removido do corpo d’água, por exemplo, através da Demanda Bioquímica de Oxigênio-BOD) ou do coeficiente de transferência de massa (evasão) de outros gases voláteis de interesse ou preocupação para aquele corpo d’água.

    A técnica foi aplicada anteriormente pelo ETL no estudo da reaeração e de parâmetros hidrodinâmicos do Rio Lagan na Irlanda do Norte. O Rio Corumbataí nas proximidades da cidade de Rio Claro é de particular interesse, pois, este corpo hídrico tem confluência direta com o Rio Piracicaba a jusante.

    Direção de Investigação II: Recursos hídricos sustentáveis em aquíferos brasileiros, de importância mais regional e global.

    Prof. Bonotto e Dr. Elliot estão redigindo trabalhos sobre o Sistema Aqüífero Guarani (SAG) no Estado de SP e também no Aqüífero Alter do Chão na região do Amazonas, visando abordar questões de vulnerabilidade e de sustentabilidade, com base em pesquisas do Prof. Bonotto sobre a radioatividade natural nestas águas subterrâneas.

    Ambos são sistemas aqüíferos regionais importantes e estratégicos para o Brasil, sendo o SAG um aqüífero transfronteiriço com os países vizinhos e o Aqüífero Alter do Chão subjacente à região da floresta Amazônica e potencialmente ligado a um ‘bombeamento biótico’ de águas subterrâneas.

    Os pesquisadores publicaram recentemente em conjunto um trabalho sobre a datação de águas subterrâneas em aqüífero transfronteiriço de escala regional na região norte do Sahara na Argélia e Tunísia (Aqüífero arenítico Continental Intercalar) utilizando isótopos de urânio dissolvidos de longa meia-vida, que permitiram identificar paleoáguas. Assim, a abstração destas águas fósseis na Argélia equivale à mineração da água como um recurso não-renovável.

    Juntos, os pesquisadores estão adicionalmente discutindo a possibilidade de realização de outras pesquisas utilizando a experiência do Dr. Elliot relacionada com a datação de águas subterrâneas (4He, 14C, abundância de gases nobres dissolvidos, etc.).

    Contato dos pesquisadores
    Daniel Bonotto: [email protected]
    Trevor Elliot: [email protected]

    Assessoria de Comunicação e Imprensa

    http://vidaenatureza.com.br/?p=4532

    Period14 Jan 2016

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    • TitleRecursos hídricos sustentáveis em aquíferos brasileiros [Vida Natureza]
      Date14/01/2016
      PersonsTrevor Elliot